O caminhão-baú que trouxe os animais do minizoo do Parque da Redenção, em Porto Alegre, chegou a Santa Maria à meia-noite de segunda para terça-feira. Os 78 animais de 24 diferentes espécies agora vivem no Criadouro Conservacionista São Braz, local que está apto para acolher animais silvestres e conta, agora, com mais de 700 exemplares de 188 espécies.
Adaptações na estrutura física do criadouro precisaram ser feitas antes da chegada dos novos moradores, como a construção e a reforma de recintos para aves, primatas e répteis. Viveiros mais amplos, com iluminação, ventilação e, principalmente isolamento do público e do barulho do centro da cidade, devem garantir o bem-estar dos animais silvestres.
Veterinários e biólogos do criadouro atestam que, após a viagem, os animais chegaram bem, sem ferimentos, a Santa Maria. Apenas um papagaio, que já estava em tratamento quando vivia no minizoo, precisou ir diretamente para a enfermaria, por apresentar sintomas de uma infecção.
A maior parte dos animais transferidos estão, agora, em recintos separados por espécies. Alguns deles, entretanto, ainda dividem o espaço com outros grupos, para que a adaptação não seja tão brusca. As araras, por exemplo, devem hospedar um pavão por algumas semanas, porque era assim que eles viviam no minizoo. Depois disso, araras-vermelhas e araras-canindé também devem ser separadas.
A iniciativa de fechar o Minizoo da Redenção e encaminhar os animais a um ambiente mais adaptado foi da prefeitura de Porto Alegre, depois que o Ibama indicou as melhorias que deveriam ser feitas para que o Parque Farroupilha não continuasse sendo um ambiente de estresse contínuo para os animais.
— A partir daí, o município perguntou ao Ibama qual o melhor destino para os animais. O Criadouro São Braz se disponibilizou a arcar com os custos do transporte e manutenção, e por isso foi feita a transferência para cá — afirma o veterinário Paulo Guilherme Wagner, chefe do Núcleo de Fauna do Ibama.
A adaptação dos animais deve levar algumas semanas, de acordo com a espécie e o indivíduo. Mas ela tem tudo para ser a mais tranquila possível, já que a mudança foi de um ambiente menos favorável para outro que é mais próximo ao habitat dos animais silvestres.
Fonte: Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário