Hora da Reciclagem.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Interessante...

A versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos disponível para consultas e sugestões no site do Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br) e elaborado com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), faz um diagnóstico da situação dos resíduos sólidos através das informações disponíveis na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), Sistema Nacional de Informação em Saneamento (SNIS), Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), Associação Brasileira da Indústria Química, Associação Brasileira do Alumínio e Ministério das Minas e Energia. O Ano de referência é 2008 e a análise realizada em três ângulos complementares: a) considera o país em conjunto; b) as cinco regiões brasileiras; c) os municípios divididos em pequenos com menos de cem mil habitantes, médios entre cem mil e um milhão de habitantes e grandes com mais de um milhão de habitantes.
O estudo dos materiais recicláveis foi realizado considerando o alumínio, aço, papel, papelão, plástico e vidro. As quantidades produzidas foram calculadas utilizando-se os dados da composição gravimétrica média do Brasil calculada através da média de 93 estudos de caracterização física realizados entre 1995 e 2008. A tabela abaixo demonstra a estimativa da composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil em 2008:

Resíduos Porcentagem Toneladas/dia
Materiais recicláveis
metais
aço
alumínio
papel, papelão e tetra pak
plástico total
plástico filme
plástico rígido
vidro
31,9 %
2,9 %
2,3 %
0,6 %
13,1 %
13,5 %
8,9 %
4,6 %
2,4 %
58.527,40
5.293,50
4.213,70
1.079,90
23.997,40
24.847,90
16.399,60
8.448,30
4.388,60
Matéria orgânica 51,4 % 94.335,10
Outros 16,7 % 30.618,90
Total 100,0 183.481,50
FONTE: Plano Nacional de Resíduos Sólidos (IBGE).


Em relação ao destino final dos resíduos, 90% são destinados para aterros sanitários, aterros controlados e lixões. Os 10% restantes são distribuídos entre compostagem, unidades de triagem/reciclagem, incineração, vazadouros em áreas alagadas e outros destinos ou locais não fixos. O tratamento ainda é bastante precário, sendo realizada a compostagem de 1,6% (1.509 t/dia) do total dos resíduos orgânicos coletados (94.335,1 t/dia). São 211 municípios, principalmente em Minas Gerais com 78 unidades e Rio Grande do Sul com 66 unidades que possuem programas de compostagem. Há também um aumento significativo de 120% nos resíduos encaminhados para aterros sanitários e uma diminuição de 18% na disposição em lixões entre 2000 e 2008. O maior crescimento na disposição em aterros sanitários foi nos municípios pequenos e médios, sendo que os grandes em muitos casos transferiram os seus resíduos para os municípios menores, principalmente por falta de espaços para a disposição.
No entanto, somente 29% dos municípios utilizam aterros sanitários, sendo que 71% ainda utilizam aterros controlados e lixões. Foram identificados 2.906 lixões distribuídos em 2.810 municípios, sendo 98% nos municípios de pequeno e médio porte e 57% na Região Nordeste. Os aterros controlados são 1.310 unidades em 1.254 municípios e 60% na Região Sudeste. Os aterros sanitários são 1.723 principalmente nas regiões Sul (805 unidades) e Sudeste (645 unidades). O total de resíduos encaminhados para lixões no Brasil é de 50,5% (92.658,15 ton/dia).

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